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sábado, 4 de junho de 2011

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O Rapaz...

Ontem me disseram que você ainda sente minha falta; eu achei que era mentira. Só mais um desses boatos que correm por aí mitigando a depressão pós-término, para tentar fazer a gente se sentir melhor com o próprio ego.
Já eu, não me importo em sair por cima. Para mim, o orgulho não coexiste com a felicidade. Eu nunca quis teu sentimento cativo aos meus pés, tampouco quis ser diminuido ao estar contigo, mas você sempre deu uma importância tão excessiva ao que os outros imaginariam ao te ver com o semblante bobo enquanto lia as mensagens que eu te mandava por celular, ou ao negar aquela saída com as amigas, só para ficar em casa assistindo um filme comigo.
Eu concorria com o mundo inteiro e nem me dava conta. Quando estávamos a sós, eu conseguia te sentir tão focada, como se o mundo girasse ao nosso redor, mas bastava uma ligação de alguém para que eu me tornasse invisível. Aquela suposta prova no dia seguinte, que era usada como desculpa para negar o convite das amigas,era  na verdade uma noite com pipoca e chocolate, entre nós dois.
Tentei te mostrar que em nossa relação, o que vale é como nos sentimos. Quebrava convenções, ignorava regras, ironizava etiquetas, entretanto, nunca consegui transpor essa tua pré-concepção de que o mundo deve girar da forma que a maioria acha correta. Acabei cansando de me doar por inteiro e te ter por metade.
Agora, depois de mais de dois meses distante, vem alguém e me diz que você ainda sente minha falta. Eu prefiro acreditar que é mentira. Prefiro crer em suas frases de MSN e em suas fotos de Facebook, porque, apesar de ainda gostar de ti, a gente só pode dar certo quando você entender que o amor não precisa transbordar aos olhos de todos, pois cabe exatamente dentro de nós. 

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