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terça-feira, 19 de julho de 2011

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Previsível...

Discussões entre homens e mulheres sempre são injustas. Já nascem com resultado pré-definido, porque o dito sexo frágil já veio de fábrica com a arma infalível para sobrepujar qualquer argumento: o choro.
Homens não sabem lidar com as lágrimas femininas; os mais centrados até tentam ignorá-las, sem sucesso. É um beco sem saída; se você não se importa, o cerne da discussão muda para a sua insensibilidade, e você não tem mais razão, mesmo se tivesse dominado o debate anterior. Por outro lado, se você se importa, em minutos nem lembra mais do porquê de estar certo ou errado.
Quanto a mim, não suporto ver o choro de uma mulher. Entro em desespero, faço careta, peço perdão, me autoflagelo, dou o que ela quer... Parece que estou tentando contornar um acidente nuclear. 
Bruna sabe como eu sou e, por conta disso, noto que ela faz um esforço sobrecomum para não chorar em nossas eventuais brigas, no intuito de manter um nível racional de argumentação. Infelizmente, nem sempre isso é possível, o que me torna duplamente culpado. Além do motivo trivial, também sou acusado de viciar o resultado. 
Em nossa defesa, peço que repensem o que vocês julgam ser culpa nossa, sob uma ótica mais branda. Mulher sempre tem a mania de hiperbolizar as circunstâncias. Não quer vê-la no domingo com FLA x FLU, logo, não gosta dela. Esqueceu o aniversário de 2 anos e 3 meses de namoro, logo, ela não é importante para você. Nem ouse deixar de falar algo sobre a roupa nova que ela está usando, senão corre o risco dela não querer mais sair por achar que você a vê como o monstro do lago Ness.
Se ao menos nos fosse dada a oportunidade de estar com razão mais vezes, vocês veriam que, no fim, não somos tão maus assim.

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