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sexta-feira, 9 de maio de 2008

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Nostalgia...

Incrível como algumas pessoas insistem em machucar a si mesmas e ao seu derredor com fatos do passado...
Depois de ouvir a explanação de uma série de planejamentos que não puderam ser realizados, seguida de observações sobre o contraste entre realidade e desejos ante mortem, ainda tenho que me deparar com um: "Ah... Como ela faz falta..." em tom de suspiro e luto...
Poupe-me! Por que as pessoas simplesmente não continuam suas vidas e superam as fatalidades imutáveis? Acham mais interessante carregar um constante sentimento de se auto vitimar mediante memórias...
Tempo? Já faz tempo! Mais de 2 anos se passaram desde então... E alguém vem me falar de falta, logo a mim!!!

Talvez alguns associem a nostalgia à proximidade do "dia das mães", e eu até poderia esperar chegar tal data para consumar a escritura desse texto, mas não! Não mesmo!
Porque quando se perde alguém querido, não é necessário haver uma data especial para agravar a saudade, pois ela acontece naturalmente, nos aromas do cotidiano, nos embrulhos noturnos, nas músicas gravadas...

Mas não ando com lamúrias e lamentações a cada vez que toco no nome dela... Prefiro enxergar por uma outra óptica, sempre procurando seguir os valores que me foram ensinados, enaltecendo a alegria!

Talvez o segredo de ser tão centrado, seja a falta de contenção de gestos, a ausência de meias palavras e a isenção de arrependimento por qualquer coisa que eu poderia ter dito e não disse...

Não fiz esse texto num intuito de compadecer a mim mesmo. Sou feliz, muitíssimo feliz por ter a família que tenho e os amigos que possuo! A questão é que às vezes só valorizamos as coisas mais valiosas quando estamos perto de perdê-las.

Talvez essas linhas sirvam para lembrar aos outros, e a mim mesmo, o valor real que algumas pessoas merecem...
Pois se não comedirmos os beijos, mensurarmos os abraços e repensarmos palavras de afeto, o arrependimento certamente não nos alcançará!


"Há pessoas que partem cedo dessa vida, deixando uma infinidade de conhecimento; junto à certeza de que mesmo a eternidade em suas companhias não seria suficiente para não considerar precoce as suas partidas."
(R.T.)

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