Soneto de resignação
A noite dissolve a tristeza,
Folhas repousam, em densa calma
E na sombra opaca da minha alma
Se abriga, inquieta, a fraqueza...
Um devaneio de imagens a atordoar,
Na turva oscilação da retina
Invulnerável a qualquer morfina,
Que a consciência venha a impugnar...
Na seda que envolve o alento,
Aceda a distância entre nós
Mas não ceda ao presente momento,
Para que a senda percorrida pela minha voz
Acenda o brilho do vento
E ascenda o tempo, meu algoz...
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