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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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Telegrama...

Algumas pessoas simplesmente vêm ao mundo para, na busca de si mesmas, completarem outras. Elas nascem, crescem, buscam suas próprias respostas e formulam suas próprias filosofias. Choram em seus violões as angústias que passaram e as vitórias que conquistaram e, inconscientemente, acabam por fazer parte da vida da gente, mesmo sem ter a menor idéia de nossa existência. Com letras e melodias que embalam lembranças de um passado que não se repete, ou refulgem um futuro de planos meticulosamente alinhados.
É uma relação estranhamente unilateral de identificação e cumplicidade. Nas crises amorosas amenizadas a cada frase cantada no chão do banheiro, ou na felicidade transbordada em uma leve caminhada com fones de ouvido. Nas lágrimas que atravessam o encarte da música que não sei decorada ou nas noites as quais eu repetia até as vozes da platéia daquele cd 'ao vivo'. Sempre fui acompanhado sem ser notado e acompanhei sem realmente conhecer. Nunca pude servir uma bebida ou trocar meia dúzia de palavras sem nexo, mas hoje posso agradecer. Só posso agradecer a você, se permite revelar a própria história e, desse modo, passa a conhecer a história de tanta gente, sem pedir nada em troca. Meu sincero obrigado!

(Para Zeca Baleiro)

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