Âmago...

A poeira continua a desenhar descuidos nas paredes da consciência. Transpiro, rio, descontraio. Vão. Enquanto me valho de infrutíferos subterfúgios para desviar meu pensamento, o eco da tua voz continua a corroer meu estômago. E não me cabe mais nada a fazer a não ser criar um personagem que pode ser um pouco eu, ou só um personagem que ameaça criar um personagem dramático qualquer. Todo esse papo metalinguístico é entediante, eu sei. Mas hoje é um daqueles dias de revolta gratuita, sabe?
É, eu lembro... Sempre disse que revolta infundada é decorrente de falta de umas boas palmadas. Verdade. Ainda acho. Então coloquemos assim: hoje eu só vou divagar em queixas e reclamações, assim, só para diminuir a pressão que a minha consciência impõe a mim. Hoje vou ser egoísta, ditador e um pouquinho mais infantil que o rotineiro. Mas só hoje. Amanhã? Ah, amanhã já é dia de viajar...