Definitivamente, esses dias chuvosos não combinam com a distância entre eu e você. São dias para se dormir de conchinha, debaixo do mesmo cobertor, e acordar com um leve sobressalto, enganado por aquele sol com cara matutina e corpo de meio-dia. Na verdade, pouca coisa combina com essa distância; esta coisa de dizer que ela só separa dois corpos e não dois corações é pura balela. Você sabe como eu odeio essas pseudo-frases de efeito, porque a crueldade consiste bem aí, escancarada no coração que dilacera a minha alma na tentativa de te trazer para perto. Eu te preciso perto de mim, menina, para te sentir encaixar em meus braços e não apenas se acomodar entre as minhas lembranças. E nesses dias frios, nos quais as pessoas dirigem meio alheias a tudo, eu sempre me perco em alguma esquina, engolfado pelas nossas músicas e por esse céu de chumbo implacável.
Só poder te ver no próximo ano soa a mim tão hiperbólico quanto a própria expressão. Porque a única coisa que combina com essa distância é o prazer pré-concebido de poder novamente encontrar contigo. Mas isso há de chegar logo, menina... Isso há de chegar logo...
Só poder te ver no próximo ano soa a mim tão hiperbólico quanto a própria expressão. Porque a única coisa que combina com essa distância é o prazer pré-concebido de poder novamente encontrar contigo. Mas isso há de chegar logo, menina... Isso há de chegar logo...
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